terça-feira, 29 de novembro de 2011

PARÁ: Todo apoio a greve dos operários de Belo Monte!


A intransigência do governo Dilma em insistir na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte esbarra num novo e decisivo obstáculo. Não bastassem as inúmeras contestações do ponto de vista dos impactos ambientais e as conseqüências sociais que esse projeto trará a região do Xingu, agora é a vez do operariado fazer coro com ribeirinhos e indígenas. O problema central são as condições de trabalho impostas na obra.

Desde o último dia 25/11 (sexta-feira) há uma greve no canteiro de obras que questiona a baixa remuneração, a comida estragada servida que levou a infecções alimentares, proibição de visitas aos familiares no final do ano e outras questões. No último dia 12 havia ocorrido também uma paralisação da categoria que terminou com a demissão de 170 funcionários que reclamavam de desvio em suas funções.

A Unidos Pra lutar e suas entidades apóiam a luta desses trabalhadores. A lógica de desenvolvimento a custa da superexploração tem sido uma marca do governo Dilma. Em fevereiro desse ano, acompanhamos a rebelião que houve no canteiro de obras em Jirau que terminou com a radicalização dos operários na obra do PAC e com a destruição do canteiro, onde os trabalhadores eram submetidos a condições de trabalho semi-escravas. Em Belo Monte a situação não é diferente e por isso apoiamos a luta dos operários. Não aceitaremos mais nenhuma demissão nem a repressão da polícia a mobilização dos trabalhadores. É preciso que essa luta seja cercada de solidariedade, para não acontecer o que ocorreu em Jirau, com a demissão de mais de 6 mil. O movimento sindical, movimento popular e o movimento Xingu Vivo devem dedicar tempo a prestar solidariedade a luta.

É necessário também que quem negocie a pauta da categoria seja a comissão dos trabalhadores em luta no canteiro de obras, não a burocracia sindical. Onde estava o Sintrapav-PA (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e Afins do Pará) quando serviam comida estragada aos peões? Onde estava o sindicato quando se praticava todo tipo de atrocidades contra os trabalhadores no canteiro de obras?

Durante o fechamento dessa nota, após a reunião com os representantes do consórcio responsável pela construção na usina, cerca de 100 trabalhadores fecharam a rodovia transamazônica no quilômetro 55, próximo a Altamira. Acreditamos que essa é saída para derrotar o governo e seu projeto de favorecimento das empreiteiras e precarização das relações de trabalho. Só com luta se muda esse quadro. Seguir o exemplo dos trabalhadores em Jirau para conquistar direitos. Força na Luta!

Belém, 28 de novembro de 2011
Associação de Sindicatos Unidos Pra Lutar

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SÃO JOSÉ - SÃO PAULO: VIDEOS DA GREVE DA JOHNSON

MARANHÃO: Todo apoio à greve dos policiais militares e bombeiros do MA!

Nesta quinta-feira feira, 24 de novembro, teve início a greve estadual da PM e bombeiros militares no Maranhão. Esta iniciou muito forte e radicalizada por ter em seus métodos a ocupação e ação direta contra o governo que longe de atender às reivindicações da categoria criminaliza o movimento em suas declarações aprovando em tempo recorde a ilegalidade da greve, ameaçando de desconto de ponto e multa diária.

Os policiais militares e bombeiros ocuparam a Assembléia legislativa do estado e dizem que só saem quando conseguirem audiência com o presidente da casa, tentando um canal alternativo já que as negociações com o governo Roseana (PMDB/PT) não avançaram, dando o exemplo de como se luta por melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Os policiais militares que arriscam suas vidas no dia-a-dia de nosso estado estão com salários arrochados e trabalham em péssimas condições com coletes vencidos, poucas viaturas e efetivo insuficiente.

Como esta categoria é proibida por lei de fazer greve, toda solidariedade é necessário para a vitória de sua luta. O governo Roseana tem uma política de sucateamento dos serviços públicos como saúde, educação e segurança pública e isso faz da greve dos PM’s e bombeiros uma luta também de toda a sociedade maranhense.

Nós da Unidos Pra Lutar somos solidários a esta luta e estaremos ao lado desta heróica categoria que arrisca sua vida em condições precárias todos os dias. Fazemos aqui um chamado a todos os sindicatos de trabalhadores do estado a se solidarizarem com os policiais militares e bombeiros para que se dê um exemplo de combatividade e unidade. O exemplo a ser seguido é dos bombeiros do RJ que comoveram o país e arrancaram conquistas econômicas importantes.

O melhor governo da vida de Roseana Sarney segue sendo o melhor para as elites maranhenses. Os contratos milionários denunciados na revista Veja para realizar as obras de hospitais são exemplo das relações do governo com os seus financiadores nas épocas de campanha eleitoral e segue a mesma dinâmica de governos anteriores. Para a população trabalhadora sobra os altos índices de violência urbana, provocada pela ausência de políticas sociais e uma decente carreira para nossos profissionais da segurança.

Mais uma vez está comprovado que a única saída para resolver nossos problemas passa pela mobilização direta dos trabalhadores.

Todo apoio à greve dos PM’s e Bombeiros!!
Por reajuste salarial e condições de trabalho dignas!
Pela imediata revogação da liminar que criminaliza a greve legitima dos PM e bombeiros!

Unidos Pra Lutar/São Luiz - MA

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Resistência dos trabalhadores com permanência da greve força empresa a recuar

Johnson abre negociação, trabalhadores suspendem greve temporariamente, mas continuam em Estado de Greve e com disposição de luta

São José dos Campos: 25/11/2011 às 16h

Após três dias de greve, a forte união e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da Johnson venceram a operação de guerra montada pela empresa para furar a greve. Parabéns, companheiros!
 
A permanência da greve por tempo indeterminado, a produção parada ou a passos lentos e a repercussão nacional do cenário de guerra montado pela multinacional de braços dados com a tropa de choque da PM fizeram a empresa recuar e chamar o Sindicato para negociação.
 
Já havia desde ontem audiência de conciliação marcada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas para terça-feira, 29. Paralelamente a isso, hoje, no fim da manhã, a direção da empresa chamou o Sindicato para negociar.
 
Houve um pré-acordo que será definido na audiência de conciliação no TRT, terça-feira. Os trabalhadores do segundo turno (também havia companheiros do primeiro e do terceiro) ouviram os encaminhamentos do Sindicato e votaram a suspensão da greve e a manutenção do Estado de greve até a negociação definitiva entre sindicato e empresa.
 
Os detalhes da negociação de hoje e os encaminhamentos a serem tomados foram passados na assembleia da tarde e serão apresentados e votados também com os companheiros do turno das 22h, em assembleia.
 
Parabéns, companheiros! A forte união e comprometimento dos trabalhadores com a nossa luta foi uma exemplo para a classe trabalhadora.


FOTOS DA GREVE DOS TRABALHADORES QUÍMICOS DA JOHNSON & JOHNSON - PARTE 2












NOVAS FOTOS DA GREVE DOS TRABALHADORES QUÍMICOS DA JOHNSON &JOHNSON




















Químicos entram em 3º dia de greve na Johnson

São José dos Campos: 25/11/2011 às 12h

Os trabalhadores da Johnson e o Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e região estão no terceiro dia de greve na multinacional. Ontem, quinta-feira, os trabalhadores do turno da noite votaram, sem a presença da tropa de choque da PM, a manutenção da greve e mantiveram a produção parada.

Hoje, 25, a tropa de choque voltou a reunir os ônibus com os trabalhadores para escoltá-los até a empresa, onde manteve guarda durante o primeiro turno e o horário administrativo.

Desta vez, a PM não avançou com o comboio na contra-mão e conduziu os ônibus para dentro da multinacional em alta velocidade, mas voltou a subir armada e cercar os veículos para coagir os trabalhadores de descerem e participarem da assembleia.

Apesar disso, parte dos trabalhadores não se intimidou, participou da assembleia na portaria da empresa e manteve a greve. Parte dos ônibus do primeiro turno estava reunida pela PM atrás do Shopping Colinas. O Sindicato dos Químicos interceptou o desvio de rota e foi até o local. Lá, os trabalhadores desceram dos ônibus e realizaram uma assembleia que aprovou a manutenção da greve por tempo indeterminado.

A ação ilegal da tropa da PM na greve motivou uma sanção de repúdio, ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasília, por parte do deputado Ivan Valente (PSOL/SP) e na Câmara Municipal de São José dos Campos por iniciativa da oposição ao governo municipal.

Além de coibir o direito de greve e de livre manifestação, a tropa de choque agrava o princípio legal de que a empresa é a responsável pelo trajeto do trabalhador de casa para o trabalho. Esse trajeto tem sido alterado aleatoriamente pela PM, os trabalhadores ficam rodando 40, 50 minutos nos ônibus sem saber para onde estão sendo levados e são intimados a permanecer nos veículos mesmo contra a vontade.

A greve segue por tempo indeterminado. Na entrada do 2º turno, às 13h30, haverá nova assembleia com os trabalhadores.