segunda-feira, 19 de março de 2012

Greve dos trabalhadores do COMPERJ.

Por Marco Antônio - Executiva PSOL Niteroi/RJ

Os trabalhadores da Construção Civil do COMPERJ – Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro – protagonizaram uma nova greve em menos de 1 ano. Suas principais reivindicações eram um reajuste de 18%, o pagamento da PLR. O setor da indústria da construção civil foi o que mais cresceu na economia “real”, e por isso tantas lutas tem ocorrido nesse ramo após a experiência de Jirau e Santo Antônio. Em comum nos canteiros os baixos salários, sindicatos traidores e uma nova vanguarda muito rebelde. Em Itaboraí, onde fica o COMPERJ, cerca de 60% dos peões não são da cidade e muitos estiveram na rebelião de Jirau.
A greve foi iniciada pela base e somente depois teve adesão do sindicato da categoria. A patronal – várias empresas contratadas pela Petrobrás – queriam utilizar a greve para renegociar seus contratos com a Petrobrás. Não abriram negociação e ainda entraram na justiça contra os piquetes. Enquanto não conseguiam o interdito proibitório contra os piquetes, a Comissão de Fábrica com uma boa adesão de base foi quem garantiu a manutenção do movimento contendo os fura-greves, com a direção do sindicato cutista apenas assistindo.
Infelizmente, o sindicato traiu mais uma vez. Sob o argumento de que era “necessário acabar com a greve para demonstrar que os trabalhadores queriam negociar”, defenderam o fim da mesma. Porém, mesmo assim, a base não votou o fim da greve e com um golpe clássico, a greve chegou ao fim, sem votação. Passadas quase duas semanas depois do fim da greve, a negociação não avançou em nada para os trabalhadores.
Essa base que foi traída continua questionando o patrão e o sindicato. Os 13 mil operários de hoje, serão 30 mil em pouco tempo. Nenhum problema foi resolvido e a categoria irá se levantar novamente. É uma obrigação, como fizeram a deputada Janira, a Unidos Pra Lutar e o PSOL, cobrir de solidariedade essas lutas e apoiar essa categoria para que construam uma nova direção consequente que possa auxiliar os trabalhadores na tarefa de garantir dias melhores.

MOÇÃO DO ANDES - SINDICATO NACIONAL - CONDENA DEMISSÕES DE DIRIGENTES SINDICAIS DOS QUÍMICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP

quarta-feira, 14 de março de 2012

SÃO PAULO: QUMÍCOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Johnson: a China não é aqui!
A nossa luta contra os ataques da Johnson ao Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São José dos Campos cresce a cada dia. Inúmeras entidades do Brasil e do exterior já se manifestaram contra a violência da empresa, que atenta contra a livre-organização dos trabalhadores, os dirigentes sindicais, o direito de greve etc.
Entidades que já nos enviaram apoio e enviaram repúdios para a Johnson e o Ministério Público do Trabalho.

Já se pronunciaram exigindo a readimissão dos Diretores do Sindicato dos Qúimicos que foram demitidos:

Brasil
  • Intersindical
  • Carlos Roberto Aparecido de Sousa
  • Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba/SP
  • Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminenses – RJ
  • Sindicatos dos Municipais de Itaocara e Região; – RJ
  • Sindicato dos Municipais de Bom Jesus e Região RJ
  • Associação dos Trabalhadores de Serviços de Água e Esgoto do RJ
  • Oposição de Esquerda da UNE
  • Sindesaúde - Sindicato de Enfermagem e trabalhadores da saúde do Amapá
  • Sintseppa – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Estado do Pará
  • Sindicato dos Papeleiros e Jacareí e Região
  • Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba – Pará
  • Deputado federal Ivan Valente PSOL/SP
  • Diretório Estadual do PSOL São Paulo
  • Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação do RJ (SEPE)
  • Sindicato dos Químicos Unificados - Campinas, Osasco, Vinhedo
  • Integrantes da Oposição do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Guarulhos
  • S.T.I. Alimentação de São José dos Campos e Região
  • SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SAAE DE JACAREÍ – SP
  • Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Jacareí
  • Sindicato dos Bancários de Santos e região
  • PSOL Osasco e Intersindical
  • Guilherme Reis Coda Dias
  • ANFFASINDICAL/MT
  • Consulta Popular/ Mato Grosso 
  • Edson Carneiro da Silva (Índio) – Intersindical
  • Corrente Socialista dos Trabalhadores(CST)
  • Associação Nacional de Sindicatos Independentes Unidos Para Lutar
  • Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos/SP
  • SINTUSP
  • SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, MOBILIÁRIO E MOSTRAGEM INDÚSTRIAL DE SJC E LITORAL NORTE - SINTRICOM - SP
México
  • Jesus Torres Nuño – Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Tradoc
  • Sindicato Nacional de Trabajadores de General Tire de México
  • Pablo González Casanova, ex rector de la Universidad Autónoma Nacional de México y Premio Internacional José Martí
  • Martín Esparza Flores, Secretario General del Sindicato Mexicano de Electricistas
  • Humberto Montes de Oca, Secretario del Exterior del Sindicato Mexicano de Electricistas
  • Benito Bahena Lome, Secretario General de la Alianza de Tranviarios de México
  • Gustavo Ortega Bravo, Secretario de Acción Política de la Alianza de Tranviarios de México
  • Raúl Pérez Ríos, Secretario General del Sindicato Único de Trabajadores del Instituto de Eduación Media Superior del Distrito Federal
  • Elizabeth Montaño Archundia, Secretaria de Relaciones del Sindicato Único de Trabajadores del Instituto de Educación Media Superior del Distrito Federal
  • María Auxilio Heredia Anaya, Secretaria General del Sindicato Único de Trabajadores de la Universidad Autónoma de la Ciudad de México
  • Fernando Mira Hernández, Secretario General del Sindicato de Trabajadores del Poder General de Justicia del Distrito Federal
  • José Luis Vega Núñez, Presidente del Congreso Nacional de Trabajadores
  • M. Saúl Pérez Peñaloza, Secretario General de Trabajadores de la H. Cámara de Senadores
  • Gilberto Robles Álvarez, Secretario de Relaciones y Solidaridad del Sindicato Independiente de Trabajadores de la
  • Universidad Autónoma Metropolitana
  • Humberto Oceguera Barajas, Asociación Nacional de Abogados Democráticos
  • José de Jesús Mendoza Ramírez, Secretario General de la Sección 33 del Sindicato Nacional de Trabajadores de la Secretaria de Desarrollo Social
  • Pedro Hernández Morales, Secretario de Organización del Comité Seccional de la Sección 9 del Sindicato Nacional de Trabajadores de la Educación-Coordinadora Nacional de Trabajadores de la Educación
  • Pablo Gonzalez Casanove, professor
  • Pedro Hernández Morales Srio, Organización Sección 9 CNTE
  • José Humberto Montes
  • Enita Bahena Lo Me, Alianza de Transviarios de México
  • Héctor de la Cueva, coordenador CTLAS
  • Elisabeth Montaño Aichundia
  • José Jesus Mendoza Ramirez, SNTSEDESAL SEC 33
  • Ma. Auxilio Heredia Anaya, Sria. Gral SUTUACM
  • Raúl Pérez Ríos, Srio Gral Del SUTIEMS
  • Martin Esparza Flores, Srio Gral SME
  • Humberto Osequera Baraja, ANAD
  • Gilberto Robles, secretario de Relaciones y Solidariedad
  • Fenunuos Mira MR, Srio STPGDF
  • M. Saul Perez Paidoza, Srio H. Camara de Senadores
  • José Luiz Veja Muñez, CNT
  • Gustavo Ortega Bravo, ATM-Mona
República Dominicana
  • Profesor Hugo Cedeño pasado presidente de la Federación de Profesores de la Universidad Autónoma de Santo Domingo. Actual dirigente de Trinchera de los Trabajadores e Profesor Rafael Capellán. Dirigente Espacio Magisterial Narciso Gonzalez.
Argentina
  • Liliana Olivero, diputada Legislatura Córdoba, de Izquierda Socialista, el FIT.
  • Angélica Lagunas, diputada electa de Neuquén (Comisión directiva ATEN Capital-Neuquén por la Minoría), Rubén "Pollo"
  • Sobrero y Edgardo Reynoso (Comisión de Reclamos Cuerpo de Delegados TBA-Sarmiento)
  • José Castillo (economista del EDI. Comisión Directiva AGD Profesores-UBA por la Minoría)
  • Juan Carlos Giordano (Director de El Socialista)
  • Paula Alfaro (Congresal de SUTEBA (maestros) por Lomas de Zamora. Pcia de Buenos Aires)
  • Liliana Duarte (Delegada SUTEBA Lomas de Zamora)
  • Isabel Guzmán (Tribunal Disciplina CTERA y congresal SUTEBA General Sarmiento)
  • Graciela Calderón y Olga Ortigoza (Comisión Directiva SUTEBA-La Matanza por la Minoría)
  • José Guzmán (Familiares Damnificados Cromañón-AVISAR)
  • Armando Aligia (Prosecretario Gremial Seccional Bariloche ATE Asociación Trabajadores del Estado)-Delegado General
  • Junta interna ATE Centro Atómico Bariloche)
  • Víctor Garay (Delegado ATE, ex Hospital Francés)
  • Aldo Videla (Comisión Directiva Unión Obrera Gráfica-Córdoba)
  • Mónica Méndez (Comisión Directiva Nacional FESPROSA-Federación de Profesionales de la Salud Argentina- y de la CICOP )
  • Pablo Bernat (Congresal Sindicato Químicos y Petroquímicos por fábrica Basf)
  • María Isabel Giordano (Delegada Hospital Córdoba-ATE)
  • Viviana Carranza, Nelsa Bou Abdo, Héctor Maldonado y Pablo Lopreiato (Congresales por la oposición Foetra-Buenos Aires- Telefónicos)
  • Agustin Uria (Secretario Gremial Centro Estudiantes Historia de la UNLU-Universidad Nacional de Luján)
  • Pedro Cuchallo (Secretario Gral Seccional 28 de Octubre de AOMA-Mineros Córdoba)
  • Eduardo Paredes (Vocal Comisión Directiva Luz y Fuerza Laboulaye-Córdoba)
  • Otto Giachero (Delegado escolar y departamental UEPC-Córdoba)
  • Julio Cabrera (Delegado escolar UEPC y Secretario de Salubridad Laboral CTA-San Francisco-Córdoba)
  • Julio Sánchez (Delegado ATE-Córdoba) Marcela Martín (Delegada hospital Santa Maria ATE-Córdoba)
  • Carlos Freytes Bazán (Delegado ATE-Córdoba)
  • Patricia Parola (Delegada escolar UEPC)
  • Mariano Soria (Delegado escolar UEPC)
  • Comisión Interna Praxair Argentina (Casa Central)
Bolívia
  • Juan Fernando Rojas, concejal, municipio Copacabana
  • Carlos Rojas Chambilla, dirigente La Protesta, ex dirigente FEJUVE de El Alto
  • Carlos Barrera, dirigente La Porotes, ex dirigente FEJUVE de El Alto
  • Jorge Flores, presidente Junta Vecinal, El Alto
  • Emma Lazcano, psicóloga, Cochabamba
  • Edwiun Mamani, politólogo Cochabamba
  • Julio Quilali Calle, ex dirigente FEJUVE El Alto
  • Maria Lohman, periodista de Cochabamb
FAÇA PARTE DESSA CAMPANHA ENVIANDO E-MAIL

À Johnson & Johnson
Ao Ministério Público do Trabalho

Por meio desta, exigimos a imediata reintegração dos dirigentes sindicais: Wellington Luiz Cabral, José Natalino Landim, Lídia Louzada Cardoso, Silvio Antônio Pereira e Paulo Lourenço, demitidos arbitrariamente no dia 27/02/2012 pelas empresas do grupo Johnson & Johnson. Também condenamos o ataque aos direitos dos trabalhadores e o uso da tropa de choque da segurança pública do estado de SP (sem nenhum mandato judicial) e de seguranças privados para impedir as greves e as assembleias democráticas dos trabalhadores.
Essas vergonhosas e ilegais atitudes por parte da multinacional Americana só comprovam o desprezo ao povo brasileiro e a sua legislação, uma afronta à soberania nacional, já que burla as leis do Brasil, onde constitucionalmente, vigora a Liberdade e a Autonomia Sindical e é signatário das Convenções 135 e 98 da OIT que tratam da proteção contra atos anti-sindicais.
Exigimos que cessem imediatamente os ataques por parte da Johnson e exortamos às outras empresas do ramo que não sigam a lamentável e desprezível conduta da Johnson & Johnson contra o livre-direito de organização Sindical garantidos na Constituição Federal brasileira.
Solicitamos as autoridades públicas proceder à defesa dos trabalhadores e de seus representantes agredidos pelas arbitrárias atitudes das empresas do grupo Johnson & Johnson amparadas por seus sindicatos patronais SIMPROQUIM, SINDPLAST e SIPATESP.

Enviar para:
RH Alcides: asuliman@its.jnj.com
RH Douglas: dsene@its.jnj.com
Johnson & Johnson São José dos Campos: 12-3932-3100

Facebook da Johnson internacional

Ministério Público do Trabalho:

Copia para: quimicosjc@gmail.com


Ambev mata, e demite quem denuncia!!!

 No dia 12 de março o vice-presidente da CIPA, Joaquim Aristeu (Boca) foi demitido por justa causa por ter denunciado publicamente à AmBev da morte por acidente de um trabalhador.
No dia 31 de janeiro morreu nesse acidente um rapaz de 25 anos, funcionário da Ohmica terceirizada da AmBev (fabricante da Brahma, Budweiser, Skol e Antártica). Está mais que provado que a causa foi a falta de segurança e procedimentos incorretos por parte dos responsáveis da segurança da Ohmica e da AmBev. Houve uma comissão apuradora do acidente que lamentavelmente terminou compactuando com a empresa um laudo fraudulento que isentava a fábrica de responsabilidade e culpava o companheiro falecido! Diante desse fato o Sindicato se retirou dessa comissão e apresentou outro relatório. O cipeiro Joaquim se posicionou junto ao Sindicato.
Por outro lado, a pedido do Sindicato, o Ministério do Trabalho está realizando uma longa perícia na fábrica sobre periculosidade e insalubridade, para avaliar 280 condições inseguras de trabalho indicadas pelo Sindicato.
AmBev é uma multinacional belga-americana que em 2011 gerou rendimento de 39 bilhões de dólares, é a primeira cervejaria do mundo em vendas, tem 200 marcas de cerveja e refrigerantes, está entre as 5 mais poderosas empresas do mundo e emprega 116 mil funcionários em 23 países. Essa empresa lesiona, mata, demite trabalhadores irregularmente e quando tem greve manda a tropa de choque atacar trabalhadores e Sindicato. Tem até denúncias que pagou 8 mil reais para cada restaurante da região fechar as portas para que os grevistas passassem fome. Tudo isso para preservar seus lucros. Patrocinadora do Carnaval e da Copa do Mundo 2014 quer pagar apenas 40% do salário como “Participação nos Lucros”. Trabalhadores em assembleia em todos os turnos votaram repúdio à empresa, negociação imediata de PLR e caso a resposta seja negativa poderá ser deflagrada greve.
Não vamos tolerar mais esta brutalidade da AmBev, líder mundial em ataque aos trabalhadores. Reintegração imediata do cipeiro Joaquim! Fim das perseguições ao Sindicato e aos trabalhadores!
São Jose dos Campos, 14 de março de 2012
Diretoria colegiada do Sindicato da Alimentação de São Jose dos Campos e região

Solicitamos enviar moção de repúdio:
À AmBev Brasil
À AB InBev Internacional
Exigimos o respeito ao mais elementar direito: o direito de opinião. Por isso exigimos a imediata reintegração do cipeiro Joaquim! Repudiamos as perseguições ao Sindicato e a falta de respeito com os trabalhadores que sofrem com lesões, doenças e até com mortes por causa das más condições de trabalho e segurança.
Brasil:
Setor de imprensa Internacional
Copia para o Sindicato

    sexta-feira, 9 de março de 2012

    CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DAS LIDERANÇAS DE TIPNIS/BOLIVIA


    O Presidente da Bolívia, Evo Morales e o Ministério Público boliviano, estão  processando judicialmente vinte e quatro ( 24)  lideranças que participaram da VIII Marcha de TIPNIS, acusando-os de “tentativa de homicídio e lesões graves” ao chanceler David Choquehuanca.

    Nós, da organização sindical brasileira, UNIDOS PRA LUTAR, que estivemos  representados na VIII Marcha Indígena em Defesa de TIPNIS, entendemos que essas lideranças estão sendo perseguidas politicamente pois os processados são os principais dirigentes e deputados das organizações indígenas e defensores dos direitos humanos.  

    Rechaçamos o processo judicial que se baseia em falsas acusações e que tem a finalidade de criminalizar o direito de protestar do movimento indígena que luta contra a construção de uma estrada que cortará a Reserva Indígena TIPNIS. Estrada que por sinal esta sendo construída pela construtora brasileira OAS – financiadora das campanhas do PT – com dinheiro publico brasileiro através do BNDES.

    O governo  Evo Morales e o Ministerio Público boliviano deveriam penalizar os autores da violenta e covarde repressão, mandado-os para a cadeia pelos crimes de sequestro, tortura e agressão física e verbal aos milhares de participantes da VIII Marcha em defesa de TIPNIS.

    Nos solidarizamos com a luta dos indígenas de TIPNIS e com suas lideranças que, após terem sofrido a agressão policial durante a VIII marcha, estão sendo criminalizados.

    Lutar por direito não é crime!
    Pelo fim dos processos judiciais contra as lideranças de TIPNIS!
    UNIDOS PRA LUTAR – BRASIL – 9 DE MARÇO DE 2012

    quinta-feira, 8 de março de 2012

    Empresa Johnson ataca livre-organização dos trabalhadores


    No dia 27, dois dirigentes do Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São José dos Campos e região foram demitidos sem motivo. Ainda permanecem outros dois dirigentes sindicais demitidos por justa causa na greve de 2008. A multinacional americana Johnson & Johnson, uma das 10 maiores empresas do mundo, está com uma política absurda de ataque e perseguição à livre-organização dos trabalhadores, ao direito de greve, à representação sindical. A linha adotada pela empresa, principalmente nos últimos cinco anos, é colocar a tropa de choque do estado na porta da empresa em São José dos Campos/SP para impedir greve, ao mesmo tempo em que ataca a estabilidade trabalhista dos dirigentes sindicais, prevista na Constituição.
    Em 2008 e em 2011, a multinacional dispôs como quis de todo o aparato de repressão da PM para agredir trabalhadores e obrigar os ônibus a avançarem sobre o piquete de greve, direito também garantido na Constituição. Nesse conluio entre empresa e tropa de choque, os trabalhadores em greve foram agredidos com gás de efeito moral e balas de borracha.
    No balcão de negócios da justiça, a empresa se aproveitou de uma cláusula retrógrada da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que prevê estabilidade apenas para a diretoria executiva, sendo 7 titulares e 7 suplentes. Por essa cláusula, apenas 14 diretores teriam estabilidade. Os milhares de sindicatos em todo o país têm muito mais de 14 dirigentes. Sindicatos de base estadual, por exemplo, chegam a precisar de até 150 sindicalistas. A lei não reconhece ainda a extensão real de cada base. O Sindicato dos Químicos, por exemplo, tem 41 dirigentes atuando em São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Jambeiro e Taubaté. São mais de 100 fábricas onde defende os trabalhadores. Isso representa bem menos de um dirigente sindical por empresa. Esse artigo da CLT contraia a Constituição Federal, que garante o direito à livre organização sindical, assim como os esta tutos sindicais, que devidamente legalizados determinam o número de diretores de cada Sindicato.
    Desde 2008, a Johnson vinha tentando quebrar a estabilidade de mais da metade dos dirigentes do Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São José dos Campos. Após anos insistindo nessa arbitrariedade, a empresa conseguiu uma decisão truculenta da justiça que expôs os trabalhadores sindicalistas à perseguição da empresa.
    O momento em que a multinacional lança mão dessa perseguição é justamente o início da Campanha Salarial do setor farmacêutico da categoria, em nível estadual. Também começam as negociações de PLR nas multinacionais do setor. Esse é o momento em que as lutas se intensificam! Na hora que os trabalhadores reclamam direitos, os patrões partem para demissões. Este é um movimento articulado da Johnson, do Ceag 10 (FIESP) e das empresas do setor. Por isso, outras fábricas começaram a atacar os dirigentes sindicais da categoria.
    A ação da patronal é uma barbaridade contra a democracia, contra os direitos trabalhistas conquistados com muito suor e sangue pela classe trabalhadora ao longo dos anos. Não é aceitável que a patronal queira impor o modelo chinês de exploração, em que a legislação trabalhista não protege ninguém e a exploração rola solta.
    Com base neste relato do respeitado sindicato dos químicos de SJC, entidade que tem historia na luta nacional pelos direitos trabalhistas, nossas organizações abaixo, exigem imediato respeito a livre organização dos trabalhadores e o fim das perseguições políticas aos legitimos representantes sindicais da categoria.
    Colocamos a total disposição nossos sindicatos para organizar uma campanha nacional de denuncia da Jonhson, para que toda a sociedade saiba como esta multinacional tem desrespeitado aqueles que produzem a riqueza da referida empresa e do país.
    Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminenses - RJ
    Sindicatos dos Municipais de Itaocara e Região; - RJ
    Sindicato dos Municipais de Bom Jesus e Região RJ
    Associação dos Trabalhadores de Serviços de Água e Esgoto do RJ

    terça-feira, 6 de março de 2012

    Pela Reestatização da CELPA sem indenização para o grupo REDE!

    Quatorze anos depois da privataria tucana sobre importantes setores prestadores de serviço para a sociedade, é possível ver o desastre que as mesmas foram para a maioria da população. No último dia, 28/02, a CELPA (Centrais Elétricas do Pará), ligada ao grupo REDE, entrou na justiça com um pedido de recuperação judicial que, em outras palavras, expressa um pedido para evitar a falência da empresa. No dia 29, em reunião com deputados e senadores em Brasília, o presidente da empresa, Jorge Queiroz, anunciou que o valor da dívida da CELPA está próximo da casa dos R$ 3 bilhões, com uma dívida em curto prazo de R$ 1,4 bilhões. 

    Diga não ao aumento de 20% no valor da tarifa de energia!

    Não bastando os aumentos abusivos nos últimos anos e a péssima qualidade do serviço prestado, o presidente do Grupo Rede quer que a população do Pará pague a conta da crise gerada pela farra da privatização. Querem elevar a tarifa de energia em absurdos 20%. A CELPA vem nos últimos anos impondo altíssimos reajustes. Sempre acima de inflação do período, nos últimos 10 anos o aumento, se somado, chega próximo aos 190%. Além disso, após o leilão da empresa (por R$ 450 milhões em 1998) foi enviado mais de R$ 600 milhões arrecadados no Pará para outras empresas do grupo em outros estados enquanto vemos que não houve nenhum investimento na melhora do sistema. A CELPA reduziu drasticamente o número de funcionários e aumenta o assédio moral sobre seus trabalhadores. Já foram demitidos mais de 2 mil trabalhadores desde a privatização.
     
    Todo apoio a paralisação de 48h dos trabalhadores da CELPA
    Por isso, nós da Associação Nacional de Sindicatos Unidos Pra Lutar, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, DCE UNAMA e Juventude Vamos à Luta apoiamos a paralisação dos trabalhadores da CELPA em defesa do pagamento da 38ª parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Não deve ser a população nem os trabalhadores dessa empresa que devem pagar pela crise financeira da companhia, mas sim os que a geraram: o grupo REDE!
     
    Reestatização sem indenização!
    Acreditamos que a saída é a reestatização da CELPA. Só dessa forma, sem que o serviço público seja tratado como mercadoria é que é possível voltarmos a ter um melhor atendimento e a redução do valor da tarifa. Apesar da Eletrobrás deter 34,54% das ações da CELPA,a reincorporação da mesma para o estado não deve se dar sobre a lógica do mercado financeiro. O grupo REDE não deve receber nenhum centavo a mais de dinheiro público, pelo contrário, devem pagar à população pelo serviço que deixaram de prestar ao longo dos últimos anos. O governo federal não deve comprar as ações da CELPA, assumindo sua dívida, mas sim reestatizar sem indenização.  
     
    A privatização de serviços públicos tem sido também uma das marcas dos governos do PT, tanto do governo Lula quanto agora com Dilma. Já foram vendidas ações da Petrobrás, do Banco do Brasil, e esse ano a privataria petista entregou importantes aeroportos, hospitais universitários e a previdência dos servidores públicos nas mãos de empresas.
     
    A paralisação dos trabalhadores da CELPA está intimamente ligada com a luta em defesa de um serviço público de qualidade. É preciso que todos nos somemos a essa luta, indo às ruas e construindo ações conjuntas que denuncie as conseqüências desastrosas da privatização e que com mobilização consigamos derrubar o projeto privatista dos sucessivos governos que sucateiam o setor público para favorecer meia-dúzia de empresários.
     
    Todo apoio a luta dos trabalhadores da CELPA!
    Reestatização sem indenização ao grupo REDE!
    Não ao aumento da tarifa de energia! 20% a mais é um roubo!
     
    UNIDOS PRA LUTAR - SINTSEP-PA - SINTRAM - DCE UNAMA - JUVENTUDE VAMOS À LUTA