terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE A LUTA DOS EDUCADORES EM MARABÁ

O SINASEFE, URBANITÁRIOS, SINDUNIFESSPA, SINTSEP vem através desta, solidarizar com a luta dos professores da rede municipal de ensino de Marabá. Em greve há uma semana, os educadores têm ido às ruas dialogar com a população para manifestar seu descontentamento sobre a situação de descalabro na qual se encontra a educação pública no município, as péssimas condições salariais e de trabalho que enfrentam no seu cotidiano, assim como a necessidade de uma política efetiva de educação e de maior autonomia, que reverta o atual estado de sucateamento e desvalorização dos profissionais da educação.

Infelizmente, o governo municipal tem fechado as portas para o diálogo e utiliza a estratégia de jogar a população contra o movimento grevista para intimidar os professores. Precisamos nos unir a esta luta não só por uma educação de qualidade como também pelo respeito aos princípios dos direitos humanos e à garantia de um estado de direito democrático.

Considerando que mesmo após as recentes lutas da juventude e do povo que ocuparam as ruas para mandar um recado aos políticos, de que não aceitarão mais as velhas práticas de corrupção, desvios de verbas, bem como, o descaso com a saúde e educação pública, certamente o governo de João Salame/PT/PMDB ao que parece não ouviram as vozes das ruas. Que mesmo depois de várias tentativas de negociação os trabalhadores da educação não foram atendidos em suas justas reivindicações, que após o esgotamento das negociações os trabalhadores em educação da rede municipal através do SINTEPP, encontraram a greve como uma ferramenta de luta para serem ouvidos e atendidos em suas reivindicações.

Os sindicatos que assinam essa nota vêm, assim, à público manifestar sua solidariedade e apoio com a luta dos professores da educação municipal de Marabá

Contra a criminalização dos movimentos sociais e de trabalhadores!

Marabá, 3 de fevereiro de 2014,

SINASEFE, URBANITÁRIOS, SINDUNIFESSPA, SINTSEP.

Chefes da Ambev invadem Sindicato da Alimentação em Jacareí

Vandalismo dos patrões contra os trabalhadores!

Hoje, 4 de fevereiro, por volta das 10H, cerca de 60 supervisores e chefes da Ambev invadiram o Sindicato dos trabalhadores da categoria, agrediram verbalmente funcionários e outras pessoas presentes na entidade, riscaram o carro da funcionária e provocaram danos na sede sindical.
Toda essa brutalidade foi promovida pela direção da Ambev, multinacional que fabrica Bhrama e outras marcas de cerveja e refrigerantes nesta cidade, líder mundial de vendas que abocanha 70% do mercado brasileiro, patrocinadora da Copa e das Olimíadas. Os participantes da agressão eram chefes e supervisores, todos “cargos de confiança” da empresa com altos salários e benefícios, eles se deslocaram de uniforme e em horário de trabalho, com bombos, cantando e gritando “queremos Banco de Horas”.
No mês de dezembro os trabalhadores da Ambev paralisaram as atividades por 24 horas para reivindicar pagamento de PLR e o fim do ilegal Banco de Horas que funciona na empresa há anos. Esse Banco de Horas provoca lesões e doenças graves pelo ritmo alucinante de trabalho, desestabiliza a jornada de trabalho e consequentemente se traduz em não pagamento das horas extras. Após a greve houve uma decisiva conquista, a justiça deu ganho de causa à ação do Sindicato e mandou a Ambev acabar com essa prática desumana e ilegal. Finalmente o Banco de Horas foi banido da fábrica.
O momento da invasão do Sindicato, por ordem da Ambev, foi presenciado por dirigentes da Unidos pra Lutar, professores, vidreiros e químicos. Parte da diretoria do Sindicato estava trabalhando e os diretores liberados estavam em reunião da Federação, em São Paulo. Apenas o diretor Julio Donizetti, que estava de férias, pode socorrer a funcionária da entidade. A pesar das agressões, os dirigentes sindicais dialogaram com os presentes explicando a conquista que significa o pagamento de horas extras e os prejuízos do Banco de Horas. Perto do meio dia eles se retiraram.
A professora Suzete Chaffin, da direção nacional da Unidos pra Lutar, presente na hora dos acontecimentos, declarou: “O fim do Banco de Horas na Ambev é um grande triunfo dos trabalhadores da categoria e da região. Das 40 unidades no Brasil, Jacareí é a única, ou uma das poucas, que não tem Banco de Horas. Os patrões temem um efeito dominó que derrote o Banco de Horas alentado pelo triunfo dos trabalhadores e pelas marchas de junho”.
Nada menos podia se esperar da Ambev, uma empresa que provoca lesões e morte de trabalhadores, que demite dirigentes sindicais, que perdeu processos na justiça por assédio moral e até sexual. Porém, não aceitamos nenhum tipo de atropelo por parte da empresa. Exigimos o respeito da democracia direta dos trabalhadores, do voto em assembleia. Esse direito foi ratificado pela justiça. Banco de Horas nunca mais!!! E exigimos do poder público que tome providencias contra o vandalismo patronal e a falta de respeito dos direitos trabalhistas!!!
Jacareí, 04 de fevereiro de 2014.

Unidos pra Lutar – Vale do Paraíba/SP
Associação Nacional de Sindicatos Independentes Unidos pra Lutar