sábado, 26 de dezembro de 2015

Greve dos Servidores Municipais de São Sebastião: Prefeito tenta intimidar, mas movimento grevista mostra força!

O prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi (PSC), convocou um aparato policial para tentar intimidar os servidores que aderiram a greve, deflagrada pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) e que contou com apoio dos representantes da Unidos pra Lutar.
Pelo menos seis viaturas da Polícia Militar e duas da Guarda Civil Municipal foram mobilizadas pela administração. Além disso, chefes comissionados tentaram, sem sucesso, coagir e a ameaçar a categoria. 
Mais de 100 servidores das Secretarias das Regionais (Centro, Costa Norte e Costa Sul) e Administração (Garagem) se mantiveram firmes mesmo com a pressão e aderiram ao movimento.
O alcaide quis ainda desqualificar o movimento grevista. “Na verdade não é uma greve de servidores, é uma greve do Sindicato, é uma manifestação política”.
O Sindserv mais uma vez lamenta as inverdades proferidas pelo administrador, que insiste em não honrar os compromissos com o servidor.
Iniciamos a campanha salarial de reposição aos servidores em 2014. E desde lá, a administração só nos concedeu apenas 6,28% (referente a 2014), restando ainda cerca de 10% (referente a 2015), o que nos é garantido por lei.
As tentativas de diálogo com a administração foram feitas, porém o administrador continua vinculando nossa reposição ao pagamento do IPTU da Petrobras. Não somos servidores da Petrobras e sim da Prefeitura de São Sebastião. 
E aí, quem não cumpriu com a promessa? Mesmo com ameaças e perseguições, a luta vai continuar.
“Mesmo com o assédio aos servidores, conseguimos dar o recado da insatisfação da categoria. Se a administração não conversa é porque não quer dar a reposição”, disse a presidente do Sindserv, Audrei Guatura.
A administração deve cerca de 10% de reposição para a categoria, referente à inflação de 2015.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

GREVE DOS PROFESSORES DO DF: UM BALANÇO NECESSÁRIO

A greve foi um importante momento, mas novas lutas virão.

O BOLETIM UNIDOS PRA LUTAR entrevistou a companheira Juliana de Freitas, professora da Ceilândia, membra do Comando Geral de Greve, militante da Unidos pra Lutar, da Luta Socialista (tendência interna do PSOL) e do Alternativa (movimento de oposição de esquerda a atual diretoria do Sinpro-DF).
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Boletim Unidos pra Lutar: Como foi a Greve dos Professores de Brasília em 2015?

Juliana de Freitas: A greve foi difícil pelo período que foi realizada, no termino do ano letivo. Precisava ser uma greve curta e radicalizada, mesmo com as dificuldades a categoria se empenhou, entretanto, estávamos enfrentando um governo autoritário, que aplica o ajuste fiscal, o governo Rollemberg copia o governo Dilma, que tem uma política clara de desvalorização e privatização da educação pública.

Boletim Unidos pra Lutar: Sendo que muitas categorias estavam em greve, por que não houve uma greve geral?

Juliana de Freitas: Havia um fórum de servidores do DF, que unia 26 categorias das 32 categorias que estão recebendo o calote do GDF, entretanto, esse fórum era desarticulado, a CUT que tinha os elementos para construir a greve geral, não o fez simplesmente por que ao agitar uma greve geral no DF e enfrentar o ajuste fiscal de Rollemberg isso poderia inspirar uma greve geral em âmbito federal o que seria uma crítica direta ao ajuste fiscal do governo Dilma.

Boletim Unidos pra Lutar: Como foi a atitude do governo diante da greve?

Juliana de Freitas: O governo Rollemberg desrespeita as organizações sindicais, não abriu diálogo com o SINPRO, a atitude do governo foi autoritária e repressora, Rollemberg mandou a tropa de choque em cima dos professores, houve prisões, agressões. E deu calote ao reajuste salarial de 32 categorias do DF. Escolheu o servidor público e os trabalhadores como inimigos, retirando direitos e jogando o peso da crise nos trabalhadores.

Boletim Unidos pra Lutar: Como foi a atitude da Diretoria do Sinpro durante a greve?

Juliana de Freitas: A diretoria do SINPRO não preparou a categoria para greve. No inicio do ano a categoria estava disposta a fazer greve e a burocracia sindical abafou o movimento.  Inicialmente começou com ações radicalizadas como ocupação da Câmara Legislativa, piquetes, fechamento de pistas, entretanto, no momento que havia grande adesão ao movimento a diretoria do SINPRO apresentou um calendário recuado, retirando os piquetes das escolas, e com atos esvaziados, com a clara intenção de abafar o movimento.

Boletim Unidos pra Lutar: A proposta apresentada para encerrar a greve é satisfatória?

Juliana de Freitas: A proposta não atendeu a questão principal da greve a 6a Parcela do reajuste salarial de 2012, parcelado de forma irresponsável no governo Agnelo. Levamos calote sim e o Sinpro aceitou o congelamento salarial por pelo menos um ano.  A perspectiva antes da greve era para maio de 2016, saímos com o resultado do reajuste para outubro de 2016, sem a garantia do retroativo, o que houve foi de somente a manutenção de direitos já conquistados, ou seja, ganhamos o que já tínhamos, a diretoria do SINPRO trocou a greve e a luta pelo cancelamento da de uma multa injusta, sem resistir.

Boletim Unidos pra Lutar: Como assim? A greve foi vitoriosa ou derrotada?

Juliana de Freitas: O sentimento é de calote e de derrota, porque recebemos uma carta de intenções, que não sabemos se será cumprida. Não avançamos, só tivemos a manutenção de direitos já conquistados, e o foco principal da greve 6a Parcela do reajuste salarial de 2012, não foi conquistado e não houve nenhuma conquista financeira. Há um desgosto com a burocracia sindical, entretanto, não podemos enfraquecer nossa entidade de classe, isso é tudo que o governo quer para implementar seu pacote de maldades, mas devemos nos fortalecer e construir o novo.

Boletim Unidos pra Lutar: Como foram as agressões do dia 28  de Outubro?

Juliana de Freitas: Naquele dia iniciamos o dia com o fechamento das regionais de ensino, depois foram feitos piquetes no Plano Piloto, depois nos concentramos no Eixão Sul para o fechamento das vias como forma de chamar atenção da população para o movimento. Quando já estávamos desobstruindo as vias, a polícia chegou sem nenhum tipo de diálogo com sprays de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, atacando repressivamente os professores, houve prisões arbitrárias, professores arrastados dos carros pela polícia e agredidos física e moralmente, dois rodoviários colocaram os ônibus para proteger os manifestantes, os rodoviários fecharam a rodoviária em solidariedade aos professores. E os professores foram para a delegacia e só saíram quando todos os professores e rodoviários foram soltos.

Boletim Unidos pra Lutar: Houve um momento mais adequado para a radicalização do movimento grevista?
de
Juliana de Freitas: Em 30 de outubro tivemos uma assembleia com 10 mil professores indignados, a categoria parada em quase 100%, a polícia estava em crise institucional, o governo acuado e o Palácio do Buriti podia ser a nova casa dos grevistas. Era o momento para avançar, o Sinpro escolheu recuar. Uma oportunidade perdida.

Boletim Unidos pra Lutar: Qual deve ser a perspectiva da categoria?
de
Juliana de Freitas: Retornamos da greve, mas estamos em estado de greve, claro que isso é uma manobra da burocrática diretoria do Sinpro, mas a categoria deve estar preparada para próximo ano, o governo demostrou que tem a intenção de implementar as organizações sociais, privatizar ensino público do DF, precarizar o magistério público, e não realizar o pagamento da dívida com os servidores públicos do DF, precisamos fazer um trabalho de base e constante mobilização, a greve foi um importante momento mas novas lutas virão, precisamos vencer a burocracia do Sinpro, unificar as lutas que virão e construir uma Greve Geral que responda as necessidade da classe trabalhadora.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

20 de novembro – Dia de luta contra o racismo capitalista

Suzete Chaffin
Professora - presidenta do PSOL Jacareí/SP – Unidos pra Lutar/Luta Socialista

         Há uma canção popular que afirma: “negro é a raiz da liberdade”. Não é uma canção de protesto, mas cumpre o objetivo de homenagear os originários da África, que deram ao povo brasileiro muito mais do que a contribuição evidente na cor da pele da maioria do nosso povo, 53,1%, segundo o IBGE). E, convenhamos, em 1981, quando esse samba foi gravado singularmente por Dona Ivone Lara, não se ouviam tantos desses discursos que dão cor aos palanques eleitorais, por meio da dita “democracia racial”.
O mito da democracia racial foi criado pela elite dominante para abafar o fato de que o racismo no Brasil é estrutural e institucionalizado. Por isso, a luta de negros e negras é constante e tem obtido importantes conquistas, e não concessões: a Lei que cria o Dia da Consciência Negra no dia 20 de novembro, as cotas raciais nas universidades públicas e a Lei que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio (* ver resenha das leis no rodapé).
E, embora os livros didáticos ainda apresentem pouquíssimas figuras negras, aos poucos vai-se fazendo justiça a heróis como Zumbi dos Palmares, principal liderança do Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, atual Estado de Alagoas; Dandara dos Palmares, Teresa de Benguela e Luísa Mahin,   líderes quilombolas, Luiz Gama, a quem a OAB agora faz justiça outorgando-lhe o título de advogado, 133 anos após a sua morte, e João Cândido, o almirante negro, líder dos marinheiros que lutaram na Revolta da Chibata, na Bahia de Guanabara, e conquistaram em novembro de 1910, melhores condições de trabalho na Marinha do Brasil, e principalmente, o fim dos castigos físicos que lhes eram aplicados com o uso da chibata. 
         A reflexão sobre a situação do negro está espelhada num conjunto de dados estatísticos que implicam num quadro real de desigualdade e opressão. Dados oficiais (IBGE/PNAD/2014) concluem que os negros (as) são os que têm menor escolaridade; representam 15% dos estudantes universitários; as taxas de analfabetismo são duas vezes superiores ao restante da população; correspondem a 67% da população carcerária; têm menor acesso à saúde; são os que morrem mais cedo e têm a menor participação no Produto Interno Bruto (PIB). Os negros (as) ganham o equivalente a 57% do salário dos brancos e são a maioria dos 60,6% de desempregados. O sistema tributário é injusto não só pela perspectiva de classe (trabalhadores pagam mais impostos que as grandes empresas), mas também pelo recorte de gênero e raça. As mulheres negras estão na base da pirâmide social e pagam, proporcionalmente, mais impostos do que homens brancos e têm menos acesso aos direitos e políticas públicas.
A violência policial contra os negros é prova de que a polícia traça seu perfil de suspeitos tomando por base a cor da pele. É negra a maioria dos assassinados, torturados e vítimas de humilhação do aparato policial. Jovens e pobres correm mais risco, a chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior que a de um branco. Não à toa, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, omitiu nas estatísticas sobre a violência (22/10/15) os dados de mortos por PMs de folga e de mortes causadas por policiais civis, no terceiro trimestre deste ano. Foi em horário de folga que agiram os PMs “suspeitos” de comandar a chacina de Osasco.
Até o Censo de 2010 as estatísticas oficiais davam conta de que a maioria da população brasileira era branca. A boa notícia é que desde 1991 tem-se observado o aumento do número dos que se declaravam brancos e agora se dizem pardos; bem como dos que se diziam pardos e passaram a se reconhecer pretos. Isso levando em conta que a pergunta do Censo do IBGE sobre ”cor e raça” dá somente as opções de: branca, preta, parda, amarela, indígena. Logo conclui que somados pretos e pardos formam a população negra do país, que em 2004, era de 48,1% e em 2013 chegou a 53,1% (IBGE/PNAD/2014).
Essa mudança política e cultural se caracteriza pelo aumento da autoestima da população negra, que se confirma pela alteração de postura diante de situações de racismo. É cada vez maior o número dos que denunciam. São famosos e anônimos como: a cobradora, em Brasília, após pane no ônibus; a estudante que postou fotos com o namorado branco; a jornalista Maju Coutinho, moça do tempo do Jornal Nacional; a atriz Thaís Araújo; e vários jogadores de futebol, entre os quais está o goleiro Aranha, do Santos, que por sua atitude firme virou símbolo da luta antirracismo. Enfrentou as críticas do próprio Pelé, para quem o goleiro “se precipitou” ao reagir. Porém, denunciar é essencial para romper a expectativa da burguesia de ter negros (as) sempre “domesticados” e “embranquecidos”, que para serem aceitos pela sociedade neguem sua origem e se esforcem para parecerem brancos.
Felizmente há um avanço de consciência, que não se deve somente às atitudes individuais de coragem, mas também às mobilizações populares. Expressam resistência os que descem da favela e protestam no asfalto, como na busca pelo Amarildo, pedreiro desaparecido da Favela da Rocinha (RJ), assassinado pela polícia; e os jovens da periferia de Osasco (SP), a maioria negros, quando saíram às ruas contra a chacina praticada por policias, que deixou 19 mortos.
O capitalismo fez dos negros (as) suas vítimas preferenciais, pois a “libertação” promovida pela elite branca os deixou sem eira nem beira, sem casa para morar, sem chão para plantar, sem direito a estudar. A manutenção do racismo interessa aos empresários, banqueiros e latifundiários para que possam contar sempre com mão de obra mais barata.
Não se pode perder de vista que há persistência no combate à herança histórica de escravidão, segregação racial e racismo. A criação de uma data destinada à valorização da raça negra tem contribuído para que a população negra possa conhecer e julgar sua realidade, sob a perspectiva de ser reconhecido por seus valores, sua luta, por sua história. A pseudolibertação se deu, mas é necessária nova abolição para tornar livres mulheres e homens: negros, brancos, índios, que em pleno século XXI seguem lutando contra o sistema capitalista.
A raiz da história de luta do povo brasileiro por liberdade tem origem negra. Mas, as verdadeiras e duradouras conquistas dos negros estão intimamente ligadas às lutas e às conquistas da classe trabalhadora, pois a verdadeira abolição só será alcançada com a vitória de uma sociedade socialista.


Nota * O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, instituído Lei nº 12.519/ 2011;  A Lei nº 12.711/2012, sanciona pelo Decreto nº 7.824/2012, que define as condições gerais de reservas de vagas para as instituições federais de educação superior e ainda a Portaria Normativa nº 18/2012 que prevê as modalidades das reservas de vagas e as fórmulas para cálculo, fixa as condições para concorrer às vagas reservadas e estabelece a sistemática de preenchimento das vagas reservadas;  Lei 10.639/2003 que altera a  Lei no 9.394/1996 que inclui o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Greves da Saúde e da Educação enfrentam os governos Dilma/Rollemberg

A rotina de outubro no Distrito Federal foi de atos, protestos, mobilizações e passeatas somando-se com a realização de um conjunto de assembleias com possibilidade de construção de uma greve geral do funcionalismo público. Dentro desse contexto foi deflagrado um conjunto de greves, destacando-se as greves da Saúde e dos professores.
A defesa da Saúde pública, o pagamento de horas-extras e o reajuste salarial previsto para o início do ano levaram os trabalhadores da Saúde a partirem para o movimento grevista, enquanto que no caso dos professores a última parcela de um reajuste conquista na greve de 52 dias de 2012 previsto para setembro foi simplesmente negado por parte do Governo Rollemberg, fiel aliado e escudeiro do Governo Dilma/Levy. A decretação das greves da Saúde e dos professores foi seguida de uma atividade de radicalizada onde Trabalhadores servidores da saúde e da educação, ocuparam a Câmara Legislativa do DF, para pressionar os deputados distritais a provocar abertura de negociações com o GDF e as 32 categorias em pleno estado de mobilização com apresentação de cronograma de pagamentos dos reajustes previstos. O governador Rollemberg via impressa comunicou que o pagamento do reajuste será para Outubro de 2016, como resposta a categoria em assembleia decidiu pela continuidade da greve.

ABAIXO A REPRESSÃOTODO APOIO A GREVE DOS PROFESSORES


Após 15 dias de greve dos professores a resposta do governo Rollemberg (PSB) não foi o pagamento do reajuste salarial acordado na greve de 2012 e sim uma ação truculenta da Polícia Militar aos moldes do tucano Beto Richa (PSDB) que além de despejar centenas de bombas e balas de borracha nos professores também arrancou vários de seus carros fazendo prisões arbitrarias, imorais e ilegais.
Além do calote dado nos servidores a proposta apresentada pelo governo é a criminalização das greves por meio do corte de ponto, decretação da ilegalidade das greves e agora o uso da força para coagir os trabalhadores em luta.
Nós da Unidos pra Lutar e da Luta Socialista (corrente interna do PSOL) repudiamos a ação da PM a mando do governador e nos solidarizamos com professores. Convocamos todos os lutadores a unificar as lutas e construir a greve geral no DF, e também fazemos um chamado aos sindicatos e comandos de greve declarem sua indignação e que sigam o exemplo dos rodoviários que em solidariedade as prisões e a brutalidade do governador fizeram uma paralisação.

TODO APOIO À GREVE DOS PROFESSORES
UNIFICAÇÃO DAS LUTAS
PAGAMENTO IMEDIATO DO REAJUSTE SALARIAL E TODOS OS DIREITOS
ABAIXO A REPRESSÃO
PELA CONSTRUÇÃO DA GREVE GERAL

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Educação em SP: Reorganização ou Desorganização?

O plano do governo Alckmin/PSDB pretende que as escolas ofereçam classes de apenas um dos três ciclos básicos: anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º) do ensino fundamental e ensino médio. Atualmente, só um terço das 5.108 unidades escolares estaduais funciona assim. Segundo o Secretário de Educação, Herman Woorwald, a mudança teria motivos “pedagógicos”, separar alunos por idade, cada ciclo uma escola. Alunos e professores seriam transferidos neste final de ano afetando até mil escolas e entre 1 e 2 milhões de alunos, mas disse que “o objetivo não é prejudicar nenhum aluno, ao contrário, é facilitar a vida do menino e da família". O governo afirma que a estrutura sobre dimensionada, pois as escolas foram construídas para atender 6 milhões de alunos e hoje tem 4 milhões, supostamente porque nesses anos incidiu a municipalização, a migração de alunos para a rede privada por causa da ascensão social e pelo envelhecimento da população com a queda da população em idade escolar. Muita cara de pau!

O que o governo esconde?

Na divulgação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), relativo a 2013, o ensino médio da rede paulista caiu para nota de 3,7, em uma escala de zero a 10. Se o governador não consegue obter nem um 5 como pretende que o aluno passe de ano? Será que os tucanos confiam na “aprovação automática” de sua gestão? A brutal perda de 2 milhões de alunos do ensino fundamental desde 2000 em boa parte é deserção escolar.
A deserção está causada na falta de atrativo de uma educação arcaica, que gera mão de obra barata para as empresas, onde alunos e professores não precisam pensar, e no empobrecimento e desemprego que afeta as famílias dos trabalhadores. A isso se soma a falta de professores, a “aprovação automática”, a superlotação das salas, as precárias condições das escolas, os baixos salários de educadores e funcionários.

Desmascarando as mentiras

Onde estão essas vagas ociosas Sr. governador? O número mínimo de alunos matriculados por sala é de 45? Após o fechamento de 3390 classes, o ano começou com 50 a 60 estudantes por sala e até 100 no EJA (Educação de Jovens e Adultos).
A Reorganização causará inúmeros problemas às famílias que tem filhos de idades diferentes e que terão que ser separados para escolas distantes com consequentes gastos e tempo extra. Outro problema é que nas periferias existem rivalidades entre jovens de bairros diferentes, muitos jovens serão hostilizados, aumentando a violência e dificuldade de adaptação a nova escola.

A municipalização

Em 1995 a então Secretária Rose Neubaeur aplicou um plano similar causando 20 mil demissões de professores. Aí começou a municipalização do ensino fundamental sendo que muitos municípios tem menores condições que o Estado de estruturar um sistema educativo. Já nessa época o PT e a CUT deixaram aceitaram a municipalização e deu no que deu. Hoje o plano é terminar de despejar o ensino básico no colo dos municípios, mas desta vez também o segundo ciclo (6º ao 9º ano).

O ajuste econômico na Educação!

Em 2012 o governo destinou à Educação R$ 957 milhões; em 2013, R$ 749 milhões e em 2015, R$ 475 milhões. Este ano houve corte de 56 milhões de reais nas verbas destinadas a reformas das escolas, corte de 10 mil vagas no programa “Vence” (ensino técnico da rede estadual), no programa “Alfabetiza São Paulo” deixando de alfabetizar 15 mil pessoas, e no projeto “Viva Leite”, deixando de atender 37 mil crianças.
Com o fechamento de escolas professores ficarão desempregados (categoria “O”), muitos perderão suas aulas, outros terão que viajar o dia todo para se dividir entre várias escolas. Serão demitidos funcionários da limpeza, secretarias, merenda. Reduzirão os Coordenadores Pedagógicos para um por escola.
Enquanto o tráfico de drogas manda na PM e a corrupção corre solta nos gabinetes tucanos, a meta do governador é investir em presídios e não em Educação, nos últimos 20 anos construíram 53 presídios e planejam mais 20, gastam 5 vezes mais com um detento do que com um aluno. Os jovens que não estão nas prisões estão morrendo nas chacinas das periferias de Carapicuíba, Osasco, Barueri, Itapevi, e na capital paulista.
Mas é possível derrotar o governo, no dia 26/10, produto das mobilizações, Alckmin deu o primeiro recuo anunciando que só transferiria 311 mil alunos e não 1 ou 2 milhões como anunciado inicialmente.

Como estão as manifestações?
Nas últimas semanas a comunidade escolar tem saído às ruas para protestar, seja em cidades pequenas ou grandes ou pelos bairros afora nas grandes cidades. As equipes de reportagens locais não têm mais como abafar. Os grandes portais de internet, os telejornais até da Rede Globo e suas rádios filiadas (CBN) têm noticiado com frequência os atos de rua que ocorreram em Votuporanga, Catanduva, Araçatuba, Bauru, São Paulo, Jau, Vila Califórnia, Leme, Guarulhos, Ribeirão Preto, Osasco, Tupã, São José dos Campos, Itapetininga, Rancharia, Agudos, Paraguaçu Paulista, Cachoeira Paulista, Araras, Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, entre outras.

Essa campanha é só dos professores?
Não. Esta luta vem ganhando apoio de toda a sociedade, os estudantes estão cumprindo papel decisivo. A Defensoria Pública pediu explicação ao Estado sobre a Reorganização. O Ministério Público abriu inquérito para saber se de fato unidades serão fechadas e quais os benefícios que o governo espera com a mudança. O MTST prometeu ocupar as escolas que forem fechadas. Além da APEOESP, vários são os sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis que estão apoiando nossa luta. Acreditamos que juntos, se conseguirmos mobilizar a comunidade escolar (trabalhadores em educação, pais e alunos) podemos derrotar esse projeto do governo Alckmin.

Como está atuando o sindicato?
A maioria das subsedes têm ajudado na mobilização, os atos regionais em Taboão da Serra, Embu das Artes, Guarulhos, entre outros, tem contado com mais de 500 pessoas. Dia 20.10 a APEOESP ajudou a construir um ato com mais de 10 mil pessoas em frente à Secretaria de Educação. Dia 29.10 realizou assembleia.
No entanto subsedes dirigidas pelo grupo da Bebel, presidenta do sindicato ligada ao PT/PCdoB, ainda estão de braços cruzados “vendo a Reorganização passar”. Não estavam presentes em vários atos, dentre eles os que ocorreram no dia do professor (15.10). Transferiram a reunião do Conselho Estadual de Representantes de Escola (23.10) da Capital para São José do Rio Preto, a 450 km de distancia! O que inviabilizou a participação da categoria. Essas atitudes não ajudam a ganhar a luta.

Nós da Unidos Pra Lutar e de Luta Socialista, entendemos que duas coisas precisam ser feitas: apoiar todas as manifestações que estão ocorrendo no Estado e unificar os professores com outras categorias em um grande ato para derrotar de vez esse projeto de destruição da Educação.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

DOCUMENTÁRIO RETRATA GREVE DOS METROVIÁRIOS

Nos dias 25/10, 26/10 e 3/11 vão ocorrer sessões nos cinemas do documentário Futuro Junho, na 39º Mostra Internacional de Cinema. O filme da diretora Maria Augusta Ramos mostra a cidade de São Paulo às vésperas da Copa do Mundo e faz um retrato de quatro personagens, um deles é o metroviário Alex Fernandes, Secretário Geral do Sindicato e Dirigente Nacional da Unidos Pra Lutar.

Em junho de 2014, após um longa tentativa de negociação com o Metrô e governo estadual, os metroviários decretaram greve, que durou 5 dias. A paralisação ganhou repercussão internacional mostrando a luta dos trabalhadores por direitos, melhores condições de trabalho e um transporte público de qualidade.

O filme já foi exibido no Festival do Rio e vai ao Festival do Japão. Assista:
Futuro Junho
Dia 25/10, às 18h45 no CINEARTE 1
Dia 26/10, às 15h45, no ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA – FREI CANECA 2
Dia 03/11, às 19h50, no ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA – FREI CANECA 5

Assista o trailer

terça-feira, 13 de outubro de 2015

TODO APOIO A GREVE NACIONAL DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS

A Greve Nacional dos Bancários iniciada no dia 07/10 está em seu segundo dia e a adesão da categoria que reivindica 16% de reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho cresce e se fortalece.
Na pauta da categoria além dos 16% de reajuste salarial e piso de R$ 3.299 está a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 7.246; vale alimentação, vale refeição, 13° na cesta básica e auxilio creche de até R$ 788,00 reais para cada benefício. Pagamento pela Graduação e Pós Graduação e melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A FEBRABAN (Federação Patronal) ofereceu 5,5% que sequer repõe a inflação do período que foi de 9,88% (INPC) piso salarial entre R$ 1.321 e R$ 2.560; PLR de 90% do salário atual mais R$ 1.939 limitado a R$ 10.402 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido. Quanto ao auxilio refeição apenas R$ 27,43 e auxilio cesta alimentação de R$ 454,87. Um absurdo diante da lucratividade obtida pelos bancos nos últimos dois anos. UMA VERDADEIRA VERGONHA!
Segundo dados da própria Federação Patronal só os cinco bancos mais importantes do país obtiveram uma lucratividade em 2014 de R$ 60,3 bilhões de reais o que significou um aumento nos lucros de 18,5% comparado com o ano anterior. Em 2015 só no primeiro semestre a lucratividade já estava aproximadamente em R$ 36 bilhões, um crescimento em relação a 2014 de 27,3%. Portanto dinheiro existe, pois os bancos foram os que mais lucraram durante o governo Lula e agora de Dilma, isso antes e agora durante a atual crise econômica.
O Itaú e o Bradesco juntos abocanham 60% do lucro de todos os bancos. No ano passado o Itaú/Unibanco lucrou R$ 20,6 bilhões; o Bradesco R$ 15,3 bilhões; Banco do Brasil R$ 11,3 bilhões, Caixa Econômica Federal R$ 7,1 bilhões e Santander R$ 5,8 bilhões (Dados do DIEESE). Os bancos somente com a prestação de serviços e cobranças de taxas arrecadaram R$ 104,1 bilhões em 2014.  Essa arrecadação deu para pagar todos os gastos com pessoal (541 mil bancários) que em 2014 custaram R$ 74,6 bilhões. Foram demitidos no ano passado 8.390 bancários.
Toda essa lucratividade foi incrementada pela alta da taxa Selic (juros da econômica) praticada pelo governo Dilma (PT/PMDB) que hoje é um dos maiores do planeta; pela valorização de títulos federais, os bancos detém 30% dos títulos da dívida pública federal que estão atrelados ao dólar; e pelo crédito consignado dos servidores públicos.
Enquanto isso a categoria bancária sofre com salários arrochados, nível de vida rebaixado, piora nas condições de trabalho com aumento de metas absurdas e assédio moral, também o aumento da violência, particularmente nas agências localizadas a mais de 200 quilômetros dos grandes centros urbanos.
Os bancários não vão pagar a crise, até porque não existe crise para o sistema financeiro que alcança lucros exorbitantes a custa do endividamento da população brasileira.
Luta Socialista e a organização sindical UNIDOS PRA LUTAR apoia a greve dos trabalhadores bancários. Estamos ao lado dos trabalhadores (as) nessa justa luta por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho e valorização profissional.
É necessário atender a pauta da categoria e destinar a exorbitante lucratividade dos bancos para programas sociais e plano de obras públicas que possa absorver os desempregados do país que já são 1 milhão. É necessário também dar um ponto final na agiotagem patrocinada pelos bancos contra servidores públicos, médios e pequenos produtores rurais, bem como contra a população em geral que paga serviço bancário que é uma verdadeira extorsão. O sistema bancário nacional deve ser estatizado para que cumpra função social. O governo Dilma/Temer deve parar de alimentar a dívida pública com cortes na saúde, educação, moradia, segurança pública. Não vamos pagar por uma crise que não é do povo brasileiro. Defendemos o não pagamento e auditoria da dívida pública. Reajuste geral de salários e melhorias nas condições de vida para todos os trabalhadores do país.

São José do Campos-SP, 08 de outubro de 2015
Luta Socialista/PSOL e Unidos Pra Lutar

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pacote de maldades de Alckmin para os professores

Após 3 meses do final da greve o governador Alckmin (PSDB) determinou que os professores não terão o reajuste salarial prometido para julho. Enquanto os professores recebem o 9º pior salário do país de acordo com o IBGE, o Secretário da Educação do Estado, Herman Voorwald, tem vencimentos de R$ 28.445,59, dez mil reais a mais que o governador e acima do teto permitido pela constituição.
No dia 02/09 foi publicado decreto n°61466, que veta a contração de novos funcionários públicos, seja em caráter emergencial e/ou remanescentes de concursos, congelando a chamada de 29 mil professores prevista para final do ano. Novamente os contratados que cumpram 2 anos estarão impedidos de dar aula por 6 meses (duzentena). Uma circular interna percorreu as escolas cancelando as funções de professor auxiliar (PA e PAA), coordenadores pedagógicos e outras. Dias depois o Secretario disse que manteria esses cargos inclusive em 2016 e que chamaria os concursados, mas a nova “atribuição de aulas” continua marcada o que significa que esses professores serão obrigados a completar a carga em outras escolas e se não o fizerem podem ser “atribuídos” compulsoriamente. Isso valeria para todos os não efetivos (categoria “O” e “F”).
A instabilidade causa pela suspensão de contratos, redução das salas de aula, a falta de material básico, a violência nas escolas e baixos salários estão afastando os profissionais da área que têm se deslocado para outras carreiras mais atrativas. Nos últimos quatro anos foram exonerados 9.279 professores. Esse número representa a saída de 172 docentes da sala de aula por mês. Outros 3.351 professores se dedicam a tarefas internas ou acumulam a função de docente com outra carreira segundo dados da Secretaria de Educação.
Em meio a esse caos o Secretário anunciou uma brutal reforma educacional que, com o argumento de separar por escolas o Ensino Fundamental I (1ª a 5ª série), Ensino Fundamental II (6ª a 9ª série) e o Ensino Médio remanejaria a distribuição de 2 milhões de alunos e milhares de professores para outras escolas a partir de 14 de novembro.
A assembléia do dia 25.10 votou um plano de mobilização. Exigimos que o sindicato organize, de fato, a luta e prepare nova greve para o início de 2016, em defesa da educação pública e dos professores.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Mais uma Vitória da Classe Trabalhadora!

Metroviários na Luta pela Reintegração de todos os demitidos!

Unidos pra Lutar na batalha junto com os metroviários.

 
Nesta quarta (30) houve julgamento em segunda instância, do Secretário Geral do Sindicato dos Metroviários de SP, Alex Fernandes, membro da Unidos pra Lutar e da Tendência interna do PSOL, Luta Socialista.


Alex Fernandes pela Reintegração!
Fernandes havia sido demitido após a greve dos metroviários em 2014, na ocasião 42 metroviários foram demitidos por "justa" causa com a alegação de que haviam depredado patrimônio público.

Nada do que a empresa alegou é verídico e a justiça, mesmo com seus problemas, não encontrou nenhuma prova ou indício de que a Cia do Metrô estivesse dizendo a verdade.

Portanto, já na primeira instância Fernandes havia ganho o processo e agora no TRT teve mais uma vitória, vencendo a empresa por unanimidade nos votos dos desembargadores.

A Luta continua, pois ainda há 38 metroviários demitidos, inclusive um deles, Paulo Pasin, terá sua audiência em primeira instância no dia 14/10. Os demais aguardam julgamento em segunda instância, sendo que em primeira também venceram.


A Unidos pra Lutar continua nessa campanha, apoiando e dando força para que muito em breve todos sejam reintegrados.



Como parte da Campanha pela reintegração, os metroviários incorporaram na Campanha Contra a Privatização um ato dia 08/10 - Quarta-feira às 15h na Estação Ana Rosa. Participe!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O ato do último dia 18 foi um passo importante na construção de uma alternativa que os trabalhadores e a juventude precisam para triunfar. A unidade de vários sindicatos, movimentos e setores da esquerda é importante, mas, apenas um passo nessa grande tarefa. A única saída para derrotar o plano de ajuste do governo federal e dos governos estaduais e municipais é unificação da luta dos trabalhadores, da juventude e dos setores populares.








SOLICITAMOS IMEDIATA REINTEGRAÇÃO DO DIRIGENTE PETROLEIRO NA VENEZUELA

No dia 15 de setembro, Bladimir Carvajal, membro do Tribunal Disciplinar da FUTPV (Federação Unitária de Trabalhadores Petroleiros da Venezuela) e dirigente da corrente sindical CCURA (Corrente Classista Unitária Revolucionária e Autônoma) na Petrocedaño PDVSA, no estado de Anzoátegui, foi abruptamente abordado pela Guarda Nacional do ônibus que transporta os trabalhadores petroleiros. Impediram-no de entrar para trabalhar com o argumento de que estaria demitido sem sequer existir uma notificação escrita.
Os assinantes abaixo exigimos as autoridades competentes a imediata reincorporação do dirigente sindical Bladimir Carvajal e o respeito ao direito sindical de organização.
Assinam:
1. Douglas Diniz – Diretório Nacional do PSOL – Luta Socialista
2. Nancy Galvão – Diretório Nacional do PSOL – Luta Socialista
3. Manuel Iraola – Executiva Estadual do PSOL São Paulo
4. Angelo Balbino – Executiva Regional do PSOL Distrito Federal
5. Virgílio Moura – Diretório Municipal do PSOL Belém – Pará
6. Silvia Leticia – Coordenação Estadual do SINTEPP Pará
7. Neide Solimões – Executiva Nacional do CONDSEF
8. Alex Fernandes – Dirigente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
9. Alexandre Roldan – Dirigente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
10. Ronaldo Campos – Dirigente do Sindicato do Metroviários de São Paulo
11. Alex Santana – Dirigente da FENAMETRO (Federação Metroviária)
12. Armando Rodrigo da Silva – Dirigente da FENAMETRO (Federação Metroviária)
13. Cedicio Vasconcelos – Coordenador Geral do SINTSEP-PA
14. Luiz Carlos Paiva – Coordenador Geral do SINTSEP-PA
15. Eduardo Pimentel – Coordenador de Administração e Finanças do SINTSEP-PA
16. Alimar Barreiros – Coordenador de Imprensa e Divulgação do SINTSEP-PA
17. Dulcidéia Palheta – Coordenadora de Imprensa e Divulgação do SINTSEP-PA
18. Francisco Nazareno – Coordenador de Relações Sindicais do SINTSEP-PA
19. Raimundo Gilberto – Coordenador de Movimentos Sociais do SINTSEP-PA
20. Miguel Ângelo – Coordenador de Assuntos Jurídicos e Legislativos do SINTSEP-PA
21. Raimundo Germano – Coordenador de Assuntos Jurídicos e Legislativos do SINTSEP-PA
22. Antônio Maria Matos – Coordenador de Saúde do Trabalhador do SINTSEP-PA
23. Bento Ferreira – Coordenador de Saúde do Trabalhador do SINTSEP-PA
24. Herbert Marcus – Coordenador de Formação Política e Sindical do SINTSEP-PA
25. Walmir da Silva Brito – Coordenador Regional Estrada do SINTSEP-PA
26. Josué Marcos Vieira – Coordenador da Regional Estrada do SINTSEP-PA
27. Isauro Alves Sousa – Coordenador da Regional Estrada do SINTSEP-PA
28. Antonio Gomes Barbosa – Coordenador da Regional Sul do Pará do SINTSEP-PA
29. Maria das Dores Soares – Coordenadora da Regional Sudeste do Pará do SINTSEP-PA
30. Benedito Pantoja – Coordenador da Regional Baixo Amazonas do SINTSEP-PA
31. Olaídes Bento Ferreira – Coordenador da Regional Transamazônica do SINTSEP-PA
32. Domingos de Sousa Neto – Coordenador da Regional Transamazônica do SINTSEP-PA
33. Marco Solimões – Delegado Sindical do SINTSEP-PA no IEC/CENP
34. Fredielson – Delegado Sindical do SINTSEP-PA no IEC/CENP
35. André Tavares – Coordenador Distrital do DASAC/Belém – SINTEPP
36. Paulo Sergio – Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP de Concordia do Pará
37. Reginaldo Reis – Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP do Município de Baião/Pará
38. Jonas Favacho – Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP do Município de Baião/Pará
39. Antônio Carlos Nogueira – Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP do Município de Baião/Pará
40. Jacilene do Socorro - Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP do Município de Baião/Pará
41. Maria do Socorro Oliveira – Coordenadora do SINDSAÚDE do Município de Baião/Pará
42. Elvis Denis Santiago – Coordenação da Sub-Sede do SINTEPP do Município de Buraju/Pará
43. Jeniffer Webb – Coordenadora da Regional Norte II do Andes – Sindicato Nacional
44. Andrea Solimões – Direção da Associação dos Docentes da UFPa – ADUFPA – Pará
45. Mauricio Matos – Coordenador Geral do Sind. dos Servidores. do Ministério Públicos do Pará (SISEMPPA)
46. Zarah Trindade – Núcleo de Advogados da Associação Unidos Pra Lutar
47. Rodrigo Rocha – Núcleo de Advogados da Associação Unidos Pra Lutar
48. José Alves – Núcleo de Advogados da Associação Unidos Pra Lutar
49. Gabriel Rodrigues – Núcleo de Advogados da Associação Unidos Pra Lutar
50. Hiandra Pedroso – Núcleo de Advogados da Associação Unidos Pra Lutar
51. Ana Claudia Chagas – Vice-Presidente do Conselho de Assistentes Sociais do Pará (CRESS/PA).
52. Alexsandro Castro – Oposição Municipais de Guarulhos – São Paulo
53. Alexandre Lisboa – Dirigente do Sindicato dos Municipais de São Sebastião – São Paulo
54. Sergio Brito - Diretor Estadual da Apeoesp – São Paulo
55. Divani Fátima Silva - Conselheira Regional Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra - São Paulo
56. Thiago Kairu - Conselheiro Regional Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra e Ativista do Movimento Negro – São Paulo
57. Flavio Stocker - Conselheiro Regional Apeoesp subsede Município de São Roque – São Paulo
58. Julieta Lui - Conselheira Regional Apeoesp subsede Município de São Carlos – São Paulo
59. Mauricio Santos - Representante de Escola Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra – São Paulo
60. Luciana Pereira - Representante de Escola Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra – São Paulo
61. João Batista Costa - Representante de Escola Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra – São Paulo
62. Nilton Rafael - Representante de Escola Apeoesp subsede Município de Taboão da Serra – São Paulo
63. Suzete Chaffin - Professora e Presidente do PSOL do Município de Jacareí – São Paulo
64. Wellington Luiz Cabral – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
65. Davi Paulo de Souza Junior – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
66. Michel Cardoso – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
67. Solange Talhari Mendes – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
68. Rogerio Pinheiro Mauricio – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
69. Ebenezer Assis de Castro – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
70. Edilson Ribeiro de Palma – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
71. Giovanni de Almeida Telles – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
72. Lidia Lousada Cardoso - Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
73. Mauro Amarair Borges – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
74. Ana Maria Lousada dos Santos – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
75. Carlos Roberto de Souza – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
76. Edson Henrique Castilho – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
77. Fabio Robeiro Tiago – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
78. Isaias Moreira dos Santos – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
79. Luiz Eduardo Sanches – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
80. Joel Vicente Rodrigues – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
81. Marcos Valério dos Santos – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
82. Michael Luiz dos Santos – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
83. Onias Carlos Pires – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
84. Sergio Roberto da Costa – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
85. Simone Nogueira Coelho – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
86. Luiz Henrique de Barros – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
87. Kleber Santos de Souza – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
88. Rondinelli Caetano Martineli – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
89. Eliana Aparecida Albino – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
90. Cristiano Idalgo Leite – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
91. Silvio Antonio Pereira – Direção do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos – São Paulo
92. Juliana Freitas – Oposição SINPRO – Distrito Federal
93. Lucas Barbosa - Oposição SINPRO – Distrito Federal
94. Jonte Fernandez - Oposição SINPRO – Distrito Federal
95. João Moreira - Oposição SINPRO – Distrito Federal
96. Rubens Teixeira – Direção do SINDADOS – Minas Gerais
97. Alexandre Esteves – Direção do STSEMG – Minas Gerais
98. Luiz Fernando – Delegado Sindical do SITRAEMG – Minas Gerais
99. Afonso Rufino – Secretário Geral do Sindicato dos Correios do Amazonas
100. Cassia Evangelista – Trabalhadora do IBGE – Macapá – Amapá
101. Marcelo Gomes – Professor do Estado do Amapá
102. Messias Flexa – Professor do Estado do Amapá
103. Waleska Timoteo – Presidente do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
104. Veronica Grillo – Vice Presidente do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
105. Dayana Ribeiro – Secretaria Geral do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
106. Ávila Santos – Secretaria de Finanças do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
107. Alessandra Cardoso – Tesouteira do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
108. Ângela Hoffmann - Secretaria de Formação do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
109. Josué do Nascimento – Secretaria de Comunicação do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
110. Elaine Tagliaferre – Secretaria da Mulher do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo
111. Izoete Filho – Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato Servidores Municipais de Vitória – Espirito Santo

TRABALHADORES PETROLEIROS SE MOBILIZAM CONTRA A DEMISSÃO DE DIRIGENTE SINDICAL COMBATIVO E ANTIBUROCRÁTICO


No dia 15 de setembro, Bladimir Carvajal, membro do Tribunal Disciplinar da Futpv (Federação Unitária dos Trabalhadores Petroleiros da Venezuela) e dirigente da corrente sindical C-CURA (Corrente Classista, Unitária, Revolucionaria e Autônoma) na Petrocedeño - PDVSA, no estado de Anzoátegui, foi abruptamente retirado pela Guarda Nacional do ônibus que transporta os trabalhadores petroleiros. Um dos supervisores informou que ele não podia entrar na planta porque pesava sobre ele uma solicitação de demissão na Inspetoria do Trabalho. Impediram o dirigente sindical de ingressar no seu lugar de trabalho em meio a um desdobramento de policias e guardas nacionais.

O dirigente sindical Carvajal está sendo cobrado por ser um defensor a qualquer preço do contrato coletivo, violado sistematicamente pela gerência da PDVSA, e um lutador incansável para que se inicie a discussão sobre contrato coletivo vencido.
Em rigor, a medida é parte da perseguição a que são submetidos todos os que lutam de maneira autônoma pelos direitos dos trabalhadores na Venezuela. O governo de Nícolas Maduro denuncia supostas agressões da “direita golpista” para justificar seus ataques às liberdades democráticas dos trabalhadores, Carvajal é integrante da corrente classista CCURA que é encabeçada por Orlando Chirino e nos petroleiros, por José Bodas, que na executiva da FUPPV encabeça a oposição minoritária à maioria burocrática aliada ao governo do PSUV de Maduro.
Há 15 anos é trabalhador do complexo petroquímico José Antônio Anzoátegui, localizado no oriente da Venezuela, Carvajal trabalha no melhorador da Petrocedeño, empresa mista com 60% das ações da Pdvsa e 40% das multinacionais Total (francesa) e Statoil (norueguesa). Esta planta é encarregada de melhorar e converter em petróleo leve o petróleo pesado e extra-pesado do campo de petroleio do Orinoco.
O que tenta a gerência de PDVSA em Petrocedeño é ajoelhar a corrente C-CURA e seus ativistas que desde muitos anos é a vanguarda na luta pelas reivindicações dos petroleiros e pela realização das eleições na Futpv.
Mas Carvajal e os lutadores petroleiros de CCURA não estão sozinhos, contam com o respaldo incondicional dos trabalhadores, que desde terça estão se mobilizando, com uma medida de luta de braços cruzados, em sinal de protesto pela demissão de seu dirigente. Mas este apoio se estende como rastilho de pólvora por outras áreas petroleiras. No estado de Monagas várias brocas paralisaram por uma hora, no estado de Zulia, no sul de Anzoátegui e em outras áreas o protesto se estende, ameaçando com uma rebelião generalizada.
Convocamos os trabalhadores, as organizações sindicais e as personalidades políticas e de direitos humanos a pronunciar-se nacional e internacionalmente contra este ataque às liberdades democráticas e ao direito autonomia sindical. Chamamos a mais ampla solidariedade nacional e internacional exigindo a imediata reincorporação do dirigente opera rio Bladimir Carvajal.
Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta internacional (UIT -QI)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Marcha Nacional dos Trabalhadores reúne mais de 15 mil nas ruas em SP em manifestação histórica contra o ajuste fiscal


Mais de 15 mil manifestantes participaram nesta sexta-feira (18), em São Paulo (SP), da Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, organizada por 40 entidades representativas dos movimentos sindical, social e popular. O ato teve início no Vão do Masp e percorreu as avenidas Paulistas e Consolação até a Praça da República. A Unidos pra Lutar esteve presente com uma delegação de trabalhadores das Indústrias Químicas de S.J.Campos, Servidores municipais de Guarulhos, Jacareí e São Sebastião, Professores de São Paulo, Taboão da Serra/Embu das Artes, Jacareí e S.J.Campos. O grande ato em São paulo foi seguido por atos em vários outros estados contra os ataques dos governos estaduais que juntamente com Dilma/Levi aplicam medidas que diminuem salários e direitos. 
Dilma aplica no governo federal uma política neoliberal extremamente agressiva cortando direitos de aposentados, pensionistas, desempregados, aplicando o PPE (Projeto de Proteção ao Emprego) para reduzir salários, ampliando as privatizações e entregas do patrimônio público para o mercado especulador. Nos estados, a situação é a mesma: sobram ataques contra os trabalhadores. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin sucateia a educação e agride os professores continuamente em reivindicações por melhorias no ensino. A juventude das periferias é perseguida e criminalizada pela polícia.
A manifestação, primeira realizada após o novo pacote de ajustes anunciado por Dilma na segunda-feira (14), teve por objetivo concretizar a construção de um campo classista, que fomente a mobilização de massas, em contraposição ao governo e à oposição de direita. Com faixas e cartazes, trabalhadores de todo o país, dos setores público e privado, protestavam contra a política fiscal do governo, contra a Agenda Brasil e pediam a retirada das medidas que atacam direitos sociais como a redução da maioridade penal, o Plano de Proteção ao Emprego (PPE), a terceirização e as mudanças no acesso ao seguro-desemprego e à pensão por morte, além da reversão no confisco no salário dos servidores federais e na suspensão de concursos públicos.
Abaixo, veja as fotos da participação da Unidos Pra Lutar nos atos de São Paulo e no Pará.