quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pacote de maldades de Alckmin para os professores

Após 3 meses do final da greve o governador Alckmin (PSDB) determinou que os professores não terão o reajuste salarial prometido para julho. Enquanto os professores recebem o 9º pior salário do país de acordo com o IBGE, o Secretário da Educação do Estado, Herman Voorwald, tem vencimentos de R$ 28.445,59, dez mil reais a mais que o governador e acima do teto permitido pela constituição.
No dia 02/09 foi publicado decreto n°61466, que veta a contração de novos funcionários públicos, seja em caráter emergencial e/ou remanescentes de concursos, congelando a chamada de 29 mil professores prevista para final do ano. Novamente os contratados que cumpram 2 anos estarão impedidos de dar aula por 6 meses (duzentena). Uma circular interna percorreu as escolas cancelando as funções de professor auxiliar (PA e PAA), coordenadores pedagógicos e outras. Dias depois o Secretario disse que manteria esses cargos inclusive em 2016 e que chamaria os concursados, mas a nova “atribuição de aulas” continua marcada o que significa que esses professores serão obrigados a completar a carga em outras escolas e se não o fizerem podem ser “atribuídos” compulsoriamente. Isso valeria para todos os não efetivos (categoria “O” e “F”).
A instabilidade causa pela suspensão de contratos, redução das salas de aula, a falta de material básico, a violência nas escolas e baixos salários estão afastando os profissionais da área que têm se deslocado para outras carreiras mais atrativas. Nos últimos quatro anos foram exonerados 9.279 professores. Esse número representa a saída de 172 docentes da sala de aula por mês. Outros 3.351 professores se dedicam a tarefas internas ou acumulam a função de docente com outra carreira segundo dados da Secretaria de Educação.
Em meio a esse caos o Secretário anunciou uma brutal reforma educacional que, com o argumento de separar por escolas o Ensino Fundamental I (1ª a 5ª série), Ensino Fundamental II (6ª a 9ª série) e o Ensino Médio remanejaria a distribuição de 2 milhões de alunos e milhares de professores para outras escolas a partir de 14 de novembro.
A assembléia do dia 25.10 votou um plano de mobilização. Exigimos que o sindicato organize, de fato, a luta e prepare nova greve para o início de 2016, em defesa da educação pública e dos professores.

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