terça-feira, 13 de outubro de 2015

TODO APOIO A GREVE NACIONAL DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS

A Greve Nacional dos Bancários iniciada no dia 07/10 está em seu segundo dia e a adesão da categoria que reivindica 16% de reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho cresce e se fortalece.
Na pauta da categoria além dos 16% de reajuste salarial e piso de R$ 3.299 está a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 7.246; vale alimentação, vale refeição, 13° na cesta básica e auxilio creche de até R$ 788,00 reais para cada benefício. Pagamento pela Graduação e Pós Graduação e melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A FEBRABAN (Federação Patronal) ofereceu 5,5% que sequer repõe a inflação do período que foi de 9,88% (INPC) piso salarial entre R$ 1.321 e R$ 2.560; PLR de 90% do salário atual mais R$ 1.939 limitado a R$ 10.402 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido. Quanto ao auxilio refeição apenas R$ 27,43 e auxilio cesta alimentação de R$ 454,87. Um absurdo diante da lucratividade obtida pelos bancos nos últimos dois anos. UMA VERDADEIRA VERGONHA!
Segundo dados da própria Federação Patronal só os cinco bancos mais importantes do país obtiveram uma lucratividade em 2014 de R$ 60,3 bilhões de reais o que significou um aumento nos lucros de 18,5% comparado com o ano anterior. Em 2015 só no primeiro semestre a lucratividade já estava aproximadamente em R$ 36 bilhões, um crescimento em relação a 2014 de 27,3%. Portanto dinheiro existe, pois os bancos foram os que mais lucraram durante o governo Lula e agora de Dilma, isso antes e agora durante a atual crise econômica.
O Itaú e o Bradesco juntos abocanham 60% do lucro de todos os bancos. No ano passado o Itaú/Unibanco lucrou R$ 20,6 bilhões; o Bradesco R$ 15,3 bilhões; Banco do Brasil R$ 11,3 bilhões, Caixa Econômica Federal R$ 7,1 bilhões e Santander R$ 5,8 bilhões (Dados do DIEESE). Os bancos somente com a prestação de serviços e cobranças de taxas arrecadaram R$ 104,1 bilhões em 2014.  Essa arrecadação deu para pagar todos os gastos com pessoal (541 mil bancários) que em 2014 custaram R$ 74,6 bilhões. Foram demitidos no ano passado 8.390 bancários.
Toda essa lucratividade foi incrementada pela alta da taxa Selic (juros da econômica) praticada pelo governo Dilma (PT/PMDB) que hoje é um dos maiores do planeta; pela valorização de títulos federais, os bancos detém 30% dos títulos da dívida pública federal que estão atrelados ao dólar; e pelo crédito consignado dos servidores públicos.
Enquanto isso a categoria bancária sofre com salários arrochados, nível de vida rebaixado, piora nas condições de trabalho com aumento de metas absurdas e assédio moral, também o aumento da violência, particularmente nas agências localizadas a mais de 200 quilômetros dos grandes centros urbanos.
Os bancários não vão pagar a crise, até porque não existe crise para o sistema financeiro que alcança lucros exorbitantes a custa do endividamento da população brasileira.
Luta Socialista e a organização sindical UNIDOS PRA LUTAR apoia a greve dos trabalhadores bancários. Estamos ao lado dos trabalhadores (as) nessa justa luta por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho e valorização profissional.
É necessário atender a pauta da categoria e destinar a exorbitante lucratividade dos bancos para programas sociais e plano de obras públicas que possa absorver os desempregados do país que já são 1 milhão. É necessário também dar um ponto final na agiotagem patrocinada pelos bancos contra servidores públicos, médios e pequenos produtores rurais, bem como contra a população em geral que paga serviço bancário que é uma verdadeira extorsão. O sistema bancário nacional deve ser estatizado para que cumpra função social. O governo Dilma/Temer deve parar de alimentar a dívida pública com cortes na saúde, educação, moradia, segurança pública. Não vamos pagar por uma crise que não é do povo brasileiro. Defendemos o não pagamento e auditoria da dívida pública. Reajuste geral de salários e melhorias nas condições de vida para todos os trabalhadores do país.

São José do Campos-SP, 08 de outubro de 2015
Luta Socialista/PSOL e Unidos Pra Lutar

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